Os profissionais de jornalismo sempre buscam uma fonte de notícias, afinal, devem estar por dentro de tudo o que acontece. Uma ferramenta que é frequentemente utilizada é o clipping, mas o que é isso? Clipping vem da gíria inglesa que quer dizer colagem. Portanto, no jornalismo seria o recorte de várias notícias relacionadas a um tema específico. Esse é um trabalho de muita atenção que exige tempo.
Pensando nisso o professor do curso de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Paulo Roberto Villela, criou o JF Cliping. “Quase que diariamente eu acessava vários sites de notícias sobre Juiz de Fora para ver o que estava acontecendo. É fácil perceber que é uma tarefa tediosa e consome um tempo precioso. Para facilitar este processo, fiz um programa de computador que capturava os links destas notícias (sobre Juiz de Fora) e enviava para o meu email.” Facilitando a vida de muita gente em Juiz de Fora que precisava recorrer aos vários veículos de comunicação da cidade, Villela criou um programa de computador que “captura” todas as notícias jogadas na rede. “Este programa é como um robô que faz tudo automaticamente e roda às duas horas da madrugada, todos os dias para as notícias sobre Juiz de Fora já estava disponível. Bastava ler os títulos das notícias, e clicar naqueles assuntos que me interessavam para acessar a íntegra das mesmas.” O professor, depois de amigos pedirem para utilizar o programa, resolveu torná-lo publico. Assim o JF Clipping sintetiza as notícias em uma espécie de boletim, que reúne as principais matérias da cidade e envia-as para os emails cadastrados em sua lista.
Conversamos com o professor sobre essa nova perspectiva de leitura de notícias tão importante para quem quer estar por dentro de tudo.
Ecaderno (E) – Qual espaço o senhor acha que a internet ocupa no nosso cotidiano hoje?
Paulo Villela (PV) - A internet é uma das invenções que mudaram radicalmente a vida das pessoas. Boa parte do nosso tempo é gasto acessando a internet para buscar informação e entretenimento, principalmente. Ela está tomando o espaço que antes era quase que todo ocupado pela TV. Sobre esta, a principal vantagem é a interatividade que a internet possibilita. Diferentemente da TV e dos outros meios de comunicação, a internet é um canal de comunicação de mão dupla. Ela permite receber a mensagem, mas também produzi-la e assim desta forma qualquer um seja pode ser emissor de conteúdo para o mundo. Essa é a força da internet e que faz a diferença nos dias de hoje para as pessoas. Elas ganharam poder com a internet. Já se percebe claramente que o mundo mudou muito com a força da internet. Ela já faz parte da história.
E - Como o senhor enxerga o papel das notícias nas salas de aula?
PV - Eu fiz vestibular em 1973 e me formei em Engenharia Eletrônica no ITA em 1977. Naqueles tempos a gente ficava sabendo o que acontecia no mundo apenas pelos jornais, rádio e tv aberta. Quem morava em cidades maiores ou estudava numa boa escola, podia ainda ir a uma biblioteca para pegar alguns livros emprestados que ajudavam a entender as notícias. Este era o ambiente onde a gente buscava informações que ajudavam na nossa formação. Basicamente, olhando este passado com o olhar do presente, eu diria que a gente ficava sabendo de quase tudo do pouco que nos chegava, de forma bastante filtrada, selecionada.
Hoje, 2009, passados pouco mais de 30 anos dessa época, a internet mudou completamente este paradigma de acesso às notícias. O volume de informações disponível para qualquer pessoa é muito maior do que era há apenas duas ou mais décadas atrás. Se por um lado isto nos dá a sensação de que sabemos muito mais do que antes, por outro sabemos também que sabemos relativamente cada vez menos, pois temos consciência do tamanho dessa imensa biblioteca que é a internet.
Para cadastrar o seu email e saber tudo o que está sendo noticiado sobre Juiz de Fora, basta fazer o cadastro na página do JF Clipping.
Fonte: http://www.ecaderno.com/
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
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