domingo, 12 de outubro de 2008

Crítica à crise econômica

E agora? O que fazer?

Essa deve ser a pergunta mais freqüente que todos os investidores, que têm parte de suas economias aplicadas na bolsa de valoresbrasileira, se fazem.Nos últimos dias assistimos prepotentes a queda abrupta de grande maioria das bolsas mundiais, inclusive da BOVESPA.

Tudo começou nos Estados Unidos com a crise imobiliária, e agora se alastrou por todo o mundo.Mas será que temos mesmo motivos para nos preocupar?Bem, tudo que vejo, não passa de uma crise ESPECULATIVA do mercado, sem fundamento algum.

Todo mundo simplesmente resolveu tirar suas aplicações com medo de perder seus investimentos caso a situação nos EUA piorasse, e com isso, o preço das ações desmoronou.Claro que as coisas na "terra do tio Sam" não estão boas, mas isso não se aplica ao resto do mundo.Muita gente perdeu dinheiro lá, e muito, com isso era certo que o preço das ações caísse, mas não tanto quanto caiu.

O tempo vai fazer com que tudo volte ao normal. Muitos acreditam que veremos reflexos dessa crise ate 2010.Sendo assim, é tempo de comprar ações. Muitas empresas estão completamente subvalorizadas com a relação "preço da ação/valor pago (dividendos)muito baixa. Isso indica que e momento ideal para comprar ações.

O Brasil tem se mostrado forte. E muitas de nossas Blue Chips se mostraram solidas, seriam ótimas aquisições para longo prazo.Para curto prazo o ideal seria a aquisição de Midcaps e Smallcaps. É bom lembrar que investimentos a curto prazo são sempre arriscados, ainda mais na atual volatibilidade do mercado.

Então não se preocupem, tudo vai melhorar, deixem seus investimentos como estão, semana que vem já DEVEMOS ver alguns esboços de recuperação de nossa economia. Só resta aguardar, e torcer.

Texto de Jeferson Silveira Martins,graduando de Engenharia Mecânica da UFMG.

Jeferson, muito obrigada pela contribuição!

11 comentários:

Unknown disse...

Também acho que essa crise é especulativa. As pessoas tem medo de acontecer oque aconteceu em 1929, só que naquela época o mundo não era tão globalizado como hoje. Todos países estão interligados de alguma maneira e precisam um do outro. Ainda mais dos EUA, que é o maior comprador do mundo. A economia mundial só vai cair em última instância, pois muitas reservas vão serem gastas.

borges disse...

Concordo que a especulação agravou a crise. Mas é preciso lembrar que uma cadeia de compras está sendo interrompida devido a crise imobiliária. Um exemplo nacional: Uma importante siderurgica suspendeu 50% da compra de zinco fabricado pela Votorantim, que era utilizado na fabricação do aço. O mesmo aconteceu com outras siderúrgicas. Nesse caso, Blue Chips da área de mineração naturalmente sofrem um duro golpe de liquidez. É o caso da VALE e da própria Votorantim, que tem minas próprias. A crise EXISTE SIM, é real. Mas também acredito que a precificação tenha sido um pouco dura demais, em alguns casos, devido ao medo dos investidores estrangeiros.

borges disse...
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borges disse...

Ah, concordo com Jeferson quanto a compra de Blue Chips a longo prazo. Creio também que nesse momento também seja interessante diminuir o peso de títulos de ações e diversificar a carteira com outros fundos com lastro garantido, como títulos do governo, CDB's CDI's etc.

att,

Jeferson disse...
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Jeferson disse...

Boa parte do zinco produzido pelo Brasil foi substituido por outro metal (do qual nao me lembro agora) devido ao alto preco e alta demanda.
A Vale simplesmente nao estava dando conta de abastecer o mercado internacional, tanto eh que o zinco tinha valorizado cerca de 40% no primeiro semestre desse ano.
Como disse, a crise existe sim e nos afetaria mesmo sem especulacao, mas de fato nao e tao grave quanto vemos hoje.

borges disse...

Vou citar alguns dados, de uma fonte interna(você deve saber de quem eu falo Jefer) de uma unidade do Negócio Zinco da Votorantim Metais, com quem conversei na semana passada.

CSN - Comprava em torno de 4500ton de zinco produzidos pela VM. Mesmo com todos os inconvenientes citados acima pelo colega de sala..ehe (preço, demanda...etc)

USIMINAS, VALE(siderurgia), também fizeram revisões em suas compras de Zi(lembrando que a vale não é grande produtora de Zn), das quais eu não tenho os valores.

GM e FIAT - planejam FÉRIAS coletivas, devido ao grande aumento do estoque nos pátios e a queda na previsão de vendas. Lembrando que empresas automobilísticas são grandes responsáveis pela compra do aço produzido aqui.

Essa demanda interna caiu Sim. A demanda americana também caiu, obviamente. A demanda do japão(no caso da hematita) também caiu.

Aliás, pelo que conversei com colegas de outras empresas de engenharia de projetos, o clima tenso já está presente de forma geral. Alguns já notam inclusive uma queda no volume de projetos.

Acho que a especulação fez o papel dela, mas outros movimentos da economia levaram a situação atual.

Jeferson disse...
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Jeferson disse...

Os dados que citei são reais sim!
A Vale adquiriu uma empresa canadense final de 2006, que produz principalmente zinco.
A vale a comprou justamente por não ter nenhuma mina do metal.
Antes mesmo do consumo de zinco cair no japão EUA etc. Ja tinha caído na China, que era na época um dos principais consumidores do Zinco da Vale. Por isso as acoes tinham caído tanto na época, infelizmente não me lembro bem quando... senão olhava aqui... isso saiu em uma das revistas que assino. (ai eu poderia conferir)
Sobre a Votorantim eu não posso dizer nada. Não sei muito sobre a empresa...
Depois olho aqui direito...
Olhei aqui agora... o nome da empresa eh Inco... a vale comprou 75,66% das acoes dela no dia 24 de outubro de 2006. Ela eh a segunda maior exportadora de zinco do mundo.
Abcs Lord

Jeferson disse...

Agora eu não tenho muita certeza se era Níquel ou Zinco que desvalorizou no primeiro semestre de 2008.
(a Inco produz os dois,e os dois são usados para fabricar aço)
depois eu olho isso.

borges disse...

jefersilver. Respondi no teu orfrut.
bração

òtimo post esse cara, a polêmica foi boa.